quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ser menos e Estar mais.

Quantos "What's on your mind?" ou "No que você está pensando agora?" você respondeu hoje pelo Facebook? E quantos desejos de "bom dia" você respondeu?

Quantos "What's happening?" você respondeu via Twitter hoje? Quantos tweets você postou? E quantos bilhetinhos de amor, seja com 140 caracteres ou mais, você escreveu e entregou hoje?

Quantas frases bonitas no Twitter você retwittou? E quantas das "boas causas" que você conhece, você compartilhou com alguém?

Quantos scraps no orkut, feed de notícias no facebook e tweets no Twitter você leu hoje? E livros? Quantas páginas sentadas no sofá ou em uma confortável cadeira na varanda você leu?

"Somos" muito tecnológicos enquanto somente deveríamos usufruir do momento "estou" tecnológico. A diferença entre o ser e o estar, como sabem, é gritante. Ser doente é absolutamente diferente de estar doente. Estar é momentâneo, passageiro. Ser é possessivo, dominador, as vezes e dependendo da pessoa, é imutável.

Quando falo que deveríamos apenas "estar" tecnológicos, quero dizer que - sim - devemos usufruir das delícias desta vida virtual, dos aprendizados, das pessoas que conhecemos virtualmente e que não conseguimos por vezes explicar como gostamos tanto delas.

Mas, que tal escrevermos menos Tweets e mais bilhetinhos de amor para surpreender aquela pessoa que queremos tão bem? Que tal, ao invés de responder ao Facebook "no que você está pensando agora", apreciar um final de tarde com uma pessoa querida, dizendo para ela e nos olhos dela tudo o que está pensando agora, tudo o que está acontecendo agora, enfim... Sendo menos virtual e passando mais tempo no estágio "estou" mais próximo da vida, da alma, do toque, do carinho, do contato...

Ser menos pessimista e passar mais tempo no estágio "estou de bem com a vida".
Ser menos rancoroso e usufruir mais dos momentos "estou de bem com você".
Ser menos vaidoso e usufruir mais dos momentos "estou feliz assim".

E, por que não permitir a evolução e afirmar com convicção: Sou e Estou feliz. Sou e estou completo.

E é aí que muitos de nós queremos chegar, ser e estar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nos embalos de sexta-feira...

"É só pensar em você que muda o dia, minha alegria dá pra ver... Não dá prá esconder, nem quero pensar se é certo querer... um beijo seu e eu vou só pensar em você. Se a chuva cai, se o sol não sai, penso em você... Vontade de viver mais em paz com o mundo e contigo!"


Ah, o amor.

Sou extremamente apaixonada pela vida e, parafraseando uma grande amiga, sou intensa em cada milímetro de existência...

Além deste amor imensurável pelo simples fato de acordar, agradecer, sentir a brisa que entra pela janela, apreciar o nascer do sol, deliciar-se com o cheirinho de café que surge da cozinha, apaixono-me também por detalhes, os maravilhosos detalhes do dia-a-dia...

Por que não se apaixonar pelas árvores, por exemplo? Elas tem um poder apaixonante e motivador de enfrentamento frente à tempestades, chuvas mais levianas, dias de calor intenso, dias de muito frio... Ah, como eu gostaria de ser assim como ela... Passar por uma tempestade e sair praticamente ilesa. De certa forma, me identifico com elas em vários aspectos. As raízes, as bases, são como nossa família e nossos amigos verdadeiros. Por alí ficarão até nossos últimos dias, e, quando estes chegarem, são estas raízes que manterão vivas as lembranças nas memórias de quem amamos, e vice-versa.

O sol, por exemplo, tem o dom de iluminar, esquentar a nossa vida, fornecer saúde... Mas, sabe bem a hora de se esconder, não ofuscando o brilho das nuvens e da chuva. Isto chama-se humildade. Por maior, mais forte e mais brilhante que ele seja, ele é humilde. Ele chega de mansinho pela manhã, esquenta, clareia, e se vai, permitindo que a lua apareça, brilhe e encante à todos. Cada um no seu momento, à seu tempo, e com seu papel...

E tem pessoas que, assim como o sol e como a árvore, aparecem em dias de tempestade, nos dão forças para que tenhamos a capacidade de nos mantermos intactos ao chão e às nossas raízes, e que tenhamos fé para esperar o retorno do sol e a tranquilidade da lua... Estas pessoas são apaixonantes, intensas, encantadoras, amáveis... Iluminam e aquecem a vida como sol, são fortes e nos protegem como as árvores, e brilham embelezando as noites como a lua...

Ah, o amor. Como ele nos deixa apaixonados por tudo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nunca diga nunca.

Ela é sensível, romântica, emotiva. Tem um lado "Ameliè Poulain" absolutamente perceptível.

Se entrega de corpo e alma, e, em muitas vezes, muito mais de alma à qualquer causa que lhe pareça pertinente.

É inteligente, culta, ama estudar, troca muitos convites por um bom livro embaixo das cobertas, acompanhada de seu chá preferido.

Ela já se apaixonou sim... E já sofreu demais. Justamente por ser esta Ameliè Poulain do século 21, atrelado ao seu perfil emotiva, romântica, sensível e sentimental. Nestes momentos, onde o possível príncipe encantado aparece à sua frente, ela esquece todas as fórmulas do sucesso, todas as técnicas aplicadas em seu consultório com seus pacientes, cujas demandas são relacionadas à desilusões amorosas.

E ela, um dia, prometeu nunca mais se apaixonar. Ao mesmo tempo, de forma contraditória, ela prega convicta a afirmação "nunca diga nunca".

E hoje ela volta atrás. Pede desculpas por um dia ter dito isto. Limpa seu coraçãzinho para que ele esteja bem arrumado e bem disposto, novamente, para o que der e vier.

E que venha o amor... E que ela possa dar o amor que tanto sabe.

Caia, lágrima. Eu deixo.

Caia, lágrima querida. Eu deixo você descer pelo meu rosto em paz, com a tranquilidade e serenidade que lhe é peculiar.

E na descida por este escorregador em formato de bochecha, traga consigo todos os meus medos, angústias e tristezas. E quando você chegar ao final do escorregador, pertinho do queixo, derrube todos estes sentimentos ruins aí do alto e deixe-os cairem até o chão... E que por lá fiquem. E traga novamente pelo meu rosto as suas amigas "lágrimas de alegria", aquelas que sempre aparecem quando recebo uma ligação de alguém especial, ou uma notícia boa, ou um beijo apaixonado. Que aparecem juntas com o nó na garganta quando minha mãe me abraça e diz "força, minha filha".

Traga sempre, lágrima querida, todas as suas companheiras que surgem nos momentos bons da minha vida. E diga para elas aparecerem sempre, todos os dias se quiserem! Minhas bochechas de corticóide podem ser um parque de diversões para elas, onde elas vão brincar de escorregar sem parar! E cair do queixo até o chão será como um delicioso vôo de parapente... Ah, que delícia! Elas vão gostar, eu sei!

E as lágrimas ruins, por favor, peço que elas tirem férias. Mas tirem férias acumuladas, daquelas que você fica anos sem voltar! Peça que aproveitem também para tirar o banco de horas acumulado por tantos dias de trabalho... Que saiam prá bem longe e não voltem tão logo. Só voltem para aquele famoso "aprendizado nos momentos difíceis", mas prometo ser boa aluna, aprender rápido, e mandá-las embora novamente.

Bom, querida lágrima, que agora escorre novamente... É só isso que te peço. Dê férias para as lágrimas ruins, por favor... Obrigada.

* Publicado por Verônica Stasiak em 03/08/10 no portal www.unidospelavidafc.com

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Já e Só.

Era verão... Fazia muito calor e, como já era previsto, a chuva veio forte naquela tarde. Após o término da serenata celebrada pelas gotas que batiam no vidro, abri a janela para ventilar a casa. Debrucei-me no parapeito e olhei para baixo. Quatro crianças muito felizes corriam pela quadra de esportes que, devido à forte chuva, parecia uma grande e rasa piscina. Espirravam água uns nos outros, pulavam, jogavam bola. Ainda garoava e nenhum sentimento de "medo" surgia naqueles meninos, aparentemente muito saudáveis.

Na minha mentalidade cuidadosa, pensei: quatro candidatos à pneumonia amanhã mesmo.

Ao pensar isto, um filme passou claramente pela minha cabeça. Se brinquei na chuva ou depois dela, no dia seguinte com certeza deixei de ser candidata e fui contratada pela pneumonia.

Uma lágrima teimou em escorrer pelo meu rosto, olhei para minha mãe e disse: Mãe, que perigo! Eles podem pegar uma pneumonia - (silêncio). E... nossa, eu tenho 24 anos... e nunca pude fazer isto... quando fiz, fui punida - ou por vocês, ou pelo meu médico, ou pela própria pneumonia.

Contudo, hoje, com 24 anos e com o tratamento de saúde devidamente alinhado e o quadro clínico estável, acho que poderia me presentear com um banho de chuva, sem me preocupar com a candidatura à pneumonia. Graças à minha disciplina, aceitação e paciência. (Próxima chuva, aí vou eu!)

Mas, ao mesmo tempo que pensei que tenho 24 anos e nunca brinquei na chuva, inverti a afirmação e me surpreendi ao perceber quer tenho 24 anos, e que, mesmo nova, passei por muita coisa, sobrevivi muitas vezes, renasci pelo menos 4 vezes, estou bem...

Não pergunte para ninguém "o quanto de coisas você viveu". Somente você consegue mensurar e definir o peso do "quantum de coisas" que passou. Só eu posso dizer se a minha unha quebrada dói mais que sua perna quebrada. Cada um é cada um e cada dor / situação é peculiar.

Para conseguirmos analisar as situações por outro ângulo, para enxergarmos o "" de todo "", basta um pouco de "coração e mente abertos". Sempre haverá um outro lado. Sempre o "" terá um "". Eu sofri tanto mas perto de outras pessoas, passei por isto. E hoje estou bem, cada vez melhor e extraindo aprendizados de todas as lutas e batalhas, vencidas ou não.

Basta analisar e trocar a cor da lente do "óculos dos olhos", pois ver tudo escuro faz mal...
Eu troquei a minha lente, e tinha colorida. :)